O câncer de mama é o que mais acomete as mulheres no mundo. Só no Brasil em 2020, quase 30% dos novos casos de câncer em mulheres foram referentes a mama. No entanto, o prognóstico para a diminuição destes índices é animador com a evolução de equipamentos como o mamógrafo digital.
Nos últimos anos houve um crescente movimento de preocupação com a melhora tecnológica que envolve a qualidade do exame e das imagens produzidas nos mamógrafos, uma vez que o tecido mamário normal e o patológico possuem imagens radiológicas semelhantes e complexas.
Qualidade das imagens e a manutenção preventiva
Estudos mostram que as maiores dificuldades que incorrem em perda de qualidade de imagem nos exames de mamografias ocorrem quando o exame é realizado por mamógrafos convencionais, levando a reconvocação da paciente para refazer o exame, tal fato ocorre por problemas relacionados ao processamento das imagens.
Ainda, a contaminação dos químicos ou detalhes relacionados à limpeza das câmaras escuras e das telas intensificadoras podem prejudicar o diagnóstico.
O trabalho de manutenção preventiva deve ocorrer com a máxima eficiência e constância, principalmente em mamógrafos convencionais.
Benefícios da mamografia digital
Na captação de imagens por equipamento de mamógrafo digital, as rotinas de aquisições, revisão e armazenamento das imagens ocorrem de forma centralizada, possibilitando a otimização das etapas.
Uma vez que a informação é armazenada, ela pode ser otimizada utilizando recursos técnicos de aprimoramento de imagem, como variações de intensidade de brilho, contraste e ampliação com a máxima eficiência. Sem a necessidade de novas exposições radiológicas do paciente.
Ainda, nos mamógrafos digitais, as taxas de compressão dos equipamentos podem ser mensuradas e registradas com maior exatidão, certificando que o exame foi feito dentro dos parâmetros de força recomendados
Mamógrafo digital e os avanços tecnológicos
Pesquisas direcionadas à mamografia digital ainda relaciona parâmetros comparativos com a mamografia convencional, por esta ainda ser um processo muito utilizado para a detecção de lesões na mama e tumores em estágios iniciais em boa parte dos hospitais e clinicas.
A realidade é que o mamógrafo digital possibilita a utilização de muitos recursos durante as mamografias, principalmente se formos comparar ao sistema convencional, que ainda assim apresenta boa eficiência quando aplicável.
A Tomossíntese
Até há alguns anos, uma mamografia por tomossíntese era um método de captação e diagnóstico descrito como um sistema “não facilmente aplicado”, até que fosse desenvolvido detectores digitais que pudessem ser lidos diretamente, sem mover a mama no processo.
No entanto essa tecnologia, que consiste na aquisição de imagens em diversos ângulos do tubo de raios-X, seguindo o movimento em arco acima da mama enquanto a detecção se mantém parada, foi desenvolvida.
As imagens captadas para o diagnóstico são reconstruídas digitalmente, possibilitando diferentes planos seccionados da mama. Sendo que as doses de radiação durante a tomossíntese se equipara à uma única dose emitida em uma mamografia.
A digitalização das imagens possibilita a ação de algoritmos de reconstrução multiplanar da mama, melhorando sensivelmente as chances de detecção de tumores em estágios e localizações mais complexas. Reduzindo os índices de falsos positivos.
Boas perspectivas para as mamografias
Os mamógrafos convencionais ainda podem ser considerados confiáveis e com relativa acurácia quando utilizado, pois aplicam os mesmos princípios radiológicos dos equipamentos digitais.
No entanto, as aplicações avançadas disponibilizadas por um equipamento mamógrafo digital, como as otimizações de imagem por contraste, além claro da Tomossíntese, garantem a eficiência na detecção e diagnósticos precoces do câncer de mama além de apresentar altos níveis de produtividade.
No Brasil, ainda que o desenvolvimento tecnológico destes recursos, até há alguns anos, estavam restritos a industrias estrangeiras, companhias como a própria VMI Médica tem investido em P&D para entregar equipamentos mamógrafos que executavam com qualidade internacional os mais complexos procedimentos de mamografia. Incluindo a Tomossíntese.