A década de 50 foi o marco para a introdução dos primeiros equipamentos de arco cirúrgico (com braço em C) nos centros cirúrgicos. E com o passar da década, o equipamento foi sendo aprimorado com a adição de novos recursos como monitores de vídeo para intensificar as imagens geradas, possibilitando maior versatilidade dos equipamentos para os radiologistas ao examinar imagens simultaneamente.
O arco cirúrgico fornece imagens dos exames de raios-X em tempo real, em alta resolução, além de possibilitar que o médico monitore todo processo, agindo in time em eventuais correções.
Amplamente utilizado em diversas áreas médicas como cardiologia, traumatologia, ortopedia e vascular, o arco cirúrgico é sinônimo de economia em hospitais, centros cirúrgicos e clínicos por possibilitar o acompanhamento em tempo real do quadro clínico do paciente durante os procedimentos, gerando menos operações corretivas, além de geradas resultados com uma estrutura de equipamento menor que os raios-X “convencionais”.
Arco Cirúrgico: o braço em C
O formato em C conecta a fonte geradora de raios-X ao detector de raios-X, podendo ele ser um intensificador de imagem ou um detector digital.
A manuseabilidade dentro do bloco cirúrgico também é um dos motivos do formato do equipamento, o que possibilita maior facilidade de posicionamentos/projeções durante procedimentos, além de garantir que a radiação emitida seja realmente captada.
Modelos e opções conforme aplicações clínicas
Os modelos e especificações técnicas dos arcos cirúrgicos podem melhor se adequar conforme a sua aplicação médica, sendo aconselhado a definição de critérios técnicos claros de escolha que se adequem a exigência e complexidade da especialidade.
Para procedimentos de baixa complexidade, além de procedimentos cirúrgicos na Ortopedia, Cirurgia Geral, Urológicos, Gerenciamento da Dor, Marcapassos e Coluna, os arcos cirúrgicos com a potência de gerador entre 2 a 3 kw, tubo de raios-X com anodo fixo, além de detectores do tipo intensificador de imagem, são, em tese, suficientes para o atendimento.
Há modelos com tecnologias características para geração de imagens da vasculatura, utilizado para cirurgias vasculares periféricas.
Há ainda opções de equipamentos capazes de gerar potências próximas a 12kw, ou seja, alcançar maior dose de radiação para uma maior profundidade de visualização.
As suas infinitas aplicações possibilitam uma ampla utilização, por isso uma avaliação técnica precisa, se faz necessário para a escolha dos modelos adequados a realidade das instituições que for adquirir um arco.
Os detectores digitais nos arcos cirúrgicos
O Flat Panel, como também é conhecido os detectores digitais, possibilita a geração de uma maior qualidade e resolução de imagem, com uma menor dose de radiação necessária, possibilitando raios-X de regiões mais complexas e a um período maior de captura.
Um arco cirúrgico com detectores digitais é capaz de gerar imagens em formato quadrado, ampliando o campo de visão. Ao contrário de arcos cirúrgicos que possuem apenas intensificadores de imagens que oferecem resultados em círculo, limitando o campo de visão dos resultados.
O Flat Panel ainda, possibilita a abertura do C em torno de 12 centímetros, para disposição da equipe técnica, em um espaço menor dentro do bloco cirúrgico.
Flat Panel X Intensificadores de Imagem
O Flat Panel Dinamic Detector, ou detector digital dinâmico, é o componente tecnológico que compõe os mais atuais modelos de arcos cirúrgicos, capazes de gerar imagens fluoroscópicas e/ou estáticas.
As aquisições em tempo real permitem a realização dos procedimentos com grande assertividade e eficiência pelas equipes de trabalho nos blocos.
Arcos cirúrgicos com intensificadores de imagem costumam apresentar leves interferências do campo magnético da Terra, afetando a nitidez das imagens, ao contrário dos arcos cirúrgicos com Flat Panel.
O formato circular das imagens em arcos com intensificadores ainda provocam distorções nos resultados gerados, onde o detector digital é capaz de gerar imagens na forma quadrada – retilínea – sem apresentar distorções das imagens.
A nitidez das imagens dos arcos cirúrgicos com a tecnologia Flat Panel ainda pode ser comparada pela quantidade de tons de cinza, 16.384. Equipamentos sem a tecnologia apresentam 4096 tons de cinza. Isso aumenta a profundidade e qualidade das imagens geradas.
A característica digital dos detectores também possibilita através do auxílio de softwares, diminuir a distorção das imagens caso existam objetos de metal no campo visual que provoquem tal distorção.
Tecnologia Nacional em arco cirúrgico
A VMI Médica foi a primeira fábrica 100% nacional a produzir um arco cirúrgico com Flat Panel Dinamic Detector no Brasil.
O Arco Cirúrgico Fênix foi desenvolvido para entregar máxima eficiência na geração de imagens em alta qualidade, com durabilidade e robustez necessários para usos prolongados em procedimentos cirúrgicos. Sendo capaz de excelentes resultados a menores doses de radiação.
A efetividade dos procedimentos dentro de centros cirúrgicos passa pela capacidade e habilidade técnica das equipes de trabalho, mas também pela confiabilidade, segurança e recursos tecnológicos que os equipamentos utilizados nas intervenções sejam capazes de entregar. Os arcos cirúrgicos conseguem oferecer aos blocos cirúrgicos, recursos visuais cada vez mais tangíveis para entendimento da fisiologia humana.